Montando Uma Coreografia

Nas últimas semanas aprendi que devemos dar valor e prestar a atenção a determinados detalhes que acontecem em nossas vidas, pois, muitas vezes são nesses detalhes que Deus atua. E foi em cima disso que fui estimulada a escrever esse post.

Não estamos acostumadas a ensaiar coreografias. Em todos os domingos dançamos espontaneamente, buscando sempre ser guiadas pelo Espírito Santo. Vemos a dança espontânea algo que torna natural nossa adoração e momento de ministração. E esse fato por muitas vezes nos levou a rejeitar a coreografia, pois, além do stress trabalho que ela provoca, acreditávamos que nela poderíamos ficar limitadas neste momento de ministração e adoração.

Mas, com o evento “Chá com dança” decidimos fazer isso. Escolhemos a música “Glória” (Diante do trono) e começamos o árduo processo de montagem da coreografia. No início, ficamos muito animadas e surgiram várias ideias: “Vamos colocar duas ajoelhadas aqui para demostrar que estão adorando a Deus e duas de pé desdenhando as que estão adorando” , “Não, não, não! Vamos colocar as quatro ajoelhadas fazendo o mesmo passo, porque assim dar menos trabalho”.

Havia também o detalhe de que o evento estava próximo e a coreografia ainda não estava totalmente pronta. Então, decidimos deixar “ nas mãos de Deus” (frase clichê). Se realmente essa fosse vontade dEle iria dar tudo certo e a coreografia e outros pormenores ficariam prontos a tempo. Passando o processo de montagem da dança, veio a segunda etapa: os temidos e repetitivos ensaios.

Era alongamento pra lá, ensaio pra cá. Alongamento pra lá, ensaio pra cá, alongamento, ensaio, repete o passo, ensaio, alongamento........ Aiiii, cansei (risos). Pra quem já montou coreografia entende muito bem o que é isso. Que exige muito da gente (ainda mais quando temos uma líder perfeccionista), exige de nossa mente (memorização ) e de nosso físico (realização).Além das críticas para melhorar determinados passos (eu posso afirmar isso com propriedade), dos machucados, a escolha da roupa, a escolha de como ficaria o cabelo, etc.

E finalmente depois de tudo isso... conseguimos! Terminamos todo esse processo de criação da coreografia. A felicidade finalmente chegou, poderíamos agora apresentar nossa dança no chá.

Quando chegou o evento, apresentamos a coreografia, conseguimos realizar todos os passos, sentimos a presença do Espírito de Deus, adoramos, ministramos, enfim, deu tudo certo. “Trabalho comprido” foi a frase que se passou em nossas cabeças.

Porém, tinha mais um detalhe. Deus não tinha parado por aí. No domingo dia 17/07, surgiu a ideia de ministrar novamente a mesma coreografia. Mas, como não poderíamos fazer nada sem a permissão do Pai, perguntamos a bispa se ela concordava e se nossa ministração se encaixava no que o Espírito tinha gerado no coração dela para aquela noite. Ela concordou e então, apresentamos. Foi muito estranho pra gente, pois, como já havia dito não estamos acostumadas a dançar coreograficamente.

Mas creio que tudo isso, todo esse stress e trabalho, todas essas sensações, todas essas coisas diferentes que aconteceram conosco foi Deus nos mostrando que somos limitadas e que com Ele não tem essa de que existe apenas uma forma “certa” para se ministrar. Mostrou-nos que há momentos para coreografia e momentos para danças espontâneas.

Em suma, Deus nos quebra e nos molda através desses mínimos detalhes, nos mostra que participar do Reino dEle é assim como a montagem de uma coreografia: Um trabalho duro, árduo e pesado. Que precisa de toda dedicação e disciplina para que se tenha um bom resultado.

Tatiane – Vermelhinha.